segunda-feira, 13 de maio de 2013

A lua e o sol


Estávamos de posse de papel e caneta nas mãos quando o professor determinou a tarefa do dia: escrever uma palavra com três letras. Parecia simples, mas nada me vinha na cabeça, até que, uma olhadinha básica para os lados foi mais do que convidativa. Cola? Não. Digamos que foi apenas uma pequena consulta.

De pronto, vi na folha de caderno da amiga ao lado, desenhada, uma lua bem cheia. Não tive dúvidas: se ela é a lua, por que eu não posso ser o sol? Tive que rir. Aliás, nós dois rimos muito.
Como um assunto acaba puxando outro, a referida amiga, no momento em que voltávamos para casa, lembrou-se de um episódio que acontecera em sua adolescência. Mas antes, brincou com a nossa condição de lua e sol, satélite e astro-rei, Eduardo e Mônica (ops! Isso não é uma música?), para só assim, recitar os versinhos que recebera de um amiguinho dos tempos de escola: 
Minha boca é o sol.
Sua boca é a lua.
No eclipse do amor,
minha boca beija a sua.                                                         


Achei o máximo, sobretudo, a forma como ela o recitou. Só não fiz um também porque eu não tenho essa destreza toda. Pois bem, vou tentar fazer um agora. Quem sabe eu não consiga:
Você só pode ser de uma outra constelação, pois por essas plagas daqui não há estrelas que brilham tanto assim.
Como diria Carlos Drummond de Andrade: Acho que fiz um versinho.
 

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